UniversidadeUFPB DAU
Prof colaboradoresLeticia Palazzi, Andrea Porto, Andre Chein Alonso
Créditos/carga horária3Cr/45h
Semestre2019.1
Datas/Horariosegundo semestre
LocalDAU

1. EMENTA

Projetos especiais em urbanismo.

2. OBJETIVO GERAL

Trazer a literatura cientifica e a práxis da cartografia critica ou radical. Construir um exercício pratico de cartografia critica sobre a área metropolitana de João Pessoa. Estudo de cidade a partir de filosofia politica e aparelhos epistemológicos do comum ou bem comum.

3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Entender a traves da cartografia os processos urbanos em suas múltiplas escalas sócias, económicas e ambientais; desenvolver uma visão crítica sobre a cidade e seus fenômenos a partir de posiciones subalternas e dos movimentos sociais; desenvolver capacidades para trabalho colaborativo e interdisciplinar; desenvolver técnicas avançadas de pesquisa mediante o uso de parâmetros de analise desde diversos campos de conhecimento.

4. INTRODUÇÃO

É sabido como os mapas e a arte da cartografia, mais que representar uma realidade dada, são umas das ferramentas e teknés fundamentais para, de fato, “produzir a realidade”. Não existe neutralidade nos mapas, cada um de eles tem uma agenda e objetivos específicos.
A relação dos arquitetos e os urbanistas com os mapas é, ao menos, dupla. Por uma parte, os mapas oferecem informação contextual e múltipla para a preparação de um projeto num sitio particular. Por outra parte, arquitetos e urbanistas são ocasionalmente produtores eles mesmos de mapas que iram contribuir, em maior o menor medida, na produção do espaço que ira ser vivido. Ou disputado.
Se historicamente a capacidade de fazer mapas tem sido exclusiva de aqueles que tradicionalmente detêm o poder -militares, governos, corporações-, mais recentemente a arte da cartografia tem sido apropriada por atores subalternos, cientistas sociais e movimentos sociais. Temos exemplos em todo o mundo, desde os indígenas na Amazonia de Brasil ate as redes cidadãs contras as remoções de moradia em San Francisco ou camponeses na defensa dos bens comuns em Mexico. O livro de recente publicação, This is not Atlas: A global Collection of counter-cartographies, é um compendio de mapas de todo o mundo que oferece o estado da arte de cartografia como ferramenta para a ação, para construir pressão politica, como critica, como auto reflexão ou para sinalizar subjetividades espaciais.

Tomando essa tradição e fenómeno como punto de partida, o curso se propõe como uma exploração teórica e pratica do conceito da cartografia radical como uma ferramenta para compreender, pensar e atuar no cidade, e por extensão, no mundo. O trabalho principal do curso vai ser o exercício “Mapeando os bens comuns em Joao Pessoa”, a partir da metodologia Mapping the Commons levada a cabo anteriormente em Atenas, Istanbul e varias cidades do Brasil, e ganhadora em 2013 do premio Elinor Ostrom de pesquisa em bens comuns.

5. OBJETO DE ESTUDO

A área metropolitana da grande João Pessoa.

6. METODOLOGIA

Para o exercício “Mapeando os bens comuns de João Pessoa”, o curso propõe um método, desenvolvido anteriormente em varias cidades do mundo, onde o comum urbano e observado in situ, discutido, parametrizado e apresentado em formato de foto, video e cartográfico. O curso toma a grande João Pessoa como objeto de estudo para a produção de uma cartografia e diversos outros materiais sobre os bens comuns da área metropolitana, que possa contribuir como dispositivo publico nas discussões e conflitos em andamento e futuros. Mas informação: http://mappingthecommons.net

7. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

Unidade I – Introdução teórica a Cartografia Crítica– (peso 3,10).

Seminário teórico “This is not an atlas”. No primeiro seminário teórico os estudantes escolheram uma das cartografia do livro e elaboraram um texto critico de três páginas que iram apresentar para o resto dos estudantes.

Unidade II – Campo – (peso 1,10).

 

Unidade III – Mapeando o Comun Urbano – (peso 6,10).

Apresentação da metodologia Mapping the Commons. Comum (ou bens comuns) incluem recursos naturais, espaços públicos urbanos e processos culturais. No seminário de textos abordaremos a noção de comum com base na literatura académica, principalmente as teses de Commonwealth de Antonio Negri & Michel Hardt, em diálogo com as noções de David Harvey, Elinor Ostrom, David Bollier e Peter Linebaugh.

Estudo paramétrico. Pode o comum ser mapeado? Qual é a riqueza comum da cidade contemporânea e como ela pode ser localizada? Trabalhando em pequenos grupos, cada um vai selecionar um conjunto de bens comuns para estudar, parametrizar e apresentar aos demais participantes. Depois de ampla discussão com o resto da turma, alguns dos bem comuns som selecionados para serem pesquisados de maneira aprofundada. Estudo cartográfico. Produção de cartografia dos bens comuns seleccionados.

9. BIBLIOGRAFIA PRINCIPAL

DeSoto, P., Delinikolas, D., Dragona, D., Senel, A. and Pérez de Lama, J.P. 2015. Mapping the Urban Commons: a Parametrical and Audiovisual Method. V!RUS, 11.

Halder, S., e Kollektiv Orangotango, orgs. This Is Not an Atlas: A Global Collection of Counter-Cartographies. First edition. Social and Cultural Geography, Volume 26. Bielefeld: transcript, 2018.

Hardt, M., Negri, A. Commonwealth. El proyecto de una revolución del común. 2010.

Harvey, D. Ciudades rebeldes. Del Derecho de la ciudad a revolución urbana. 2012.

Resultados destacados

Visita a Rio Gramame, falecia Cabo Branco, Rio Jaguaribe.

Professores Andrea Leandro, Leticia Palazzi, Andres